
Foto: Agência Brasil
Com a justificativa de que estava "atordoado" com a recente
prisão e "preocupado" em manter a então presidente Dilma Rousseff (PT)
no posto, o publicitário João Santana admitiu ter mentido em seu
primeiro depoimento à Justiça, em fevereiro do ano passado. Na
oportunidade, ele disse ao juiz Sérgio Moro que os recursos recebidos no
exterior se referiam "exclusivamente" a pagamentos de campanhas feitas
em outros países. "Na época, ainda atordoado, um dia depois da prisão, e
também preocupado com a própria estabilidade política e manutenção do
cargo da presidente Dilma, eu cometi o equívoco, eu menti para a Justiça
sobre isso. Por isso, a primeira versão minha, que esses recursos eram
todos de campanhas no exterior. Não estava mentindo de todo, porque boa
parte dos recursos provinha disso", corrigiu Santana em novo depoimento.
Os repasses não contabilizados em folha eram feitos pela Odebrecht por
intermédio de Antônio Palocci, ex-ministro de Dilma. Ele também
trabalhou com campanhas eleitorais em países da África e demais nações
da América Latina. O marqueteiro confirmou também que houve pagamento de
caixa dois na campanha presidencial de Dilma, em 2010, e nas campanhas
dos petistas, Fernando Haddad, a prefeitura de São Paulo, e Patrus
Ananias, a Belo Horizonte, em 2012. Preso na Operação Acarajé, o
marqueteiro fechou acordo de delação premiada.
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