por Tânia Monteiro e Carla Araújo | Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução / Pedro Ladeira / Folha Press
O líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR)
classificou como "um ato de despedida do procurador geral", a decisão de
Rodrigo Janot de oferecer denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF)
contra ele, em inquérito relatado pelo ministro Ricardo Lewandowski e
que tramita em sigilo. O mandato de Janot termina em 17 de
setembro. "Deixa eu falar uma coisa pra vocês. Eu estou muito tranquilo
contra qualquer denúncia e não tenho nenhum temor", respondeu Jucá, ao
sair do Palácio do Planalto. Depois de avisar que quem fala sobre essas
questões jurídicas é o seu advogado, Jucá reiterou que espera que o
Supremo analise as questões, quando poderá se certificar de "não há
nenhum motivo para isso (denúncia)". Jucá era investigado, no caso que
originou a denúncia, por suposto favorecimento ao Grupo Gerdau em uma
medida provisória, em troca de doações eleitorais. Além dele, são
investigados no mesmo caso os deputados Alfredo Kaefer (PSL-PR) e Jorge
Côrte Real (PTB-PE). Não há detalhe sobre a acusação feita pela PGR, em
razão do segredo de justiça. A Operação Zelotes detectou indícios de que
o senador alterou o texto da MP 627, de 2013, para beneficiar a
siderúrgica. Jucá era o relator do texto, que mudava as regras de
tributação dos lucros de empresas no exterior. Os deputados apresentaram
emendas que beneficiaram o grupo, segundo os investigadores.
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