por Bruno Luiz / Ailma Teixeira

Apesar de ter tido suas sentenças na 13ª Vara Federal de Curitiba anuladas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez questão de ressaltar que não vai abrir mão do processo que julga a suspeição do ex-juiz Sergio Moro. O caso voltou a ser discutido no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (9), quando o placar chegou a 2x2, mas o ministro Kássio Nunes Marques pediu vista, o que adiou a conclusão do julgamento.
Lula acusa Moro de parcialidade nos processos julgados contra ele. "Vou continuar trabalhando para tornar Moro suspeito porque não vou permitir que o maior mentiroso da história desse país seja herói. Deus de Barro não dura muito tempo. Tenho certeza que Moro e [procurador da Operação Lava Jato, Deltan] Dallagnol estão sofrendo hoje muito mais do que eu porque sabem que eles cometeram um erro e sabem que eu não cometi um erro", apontou o ex-presidente durante seu longo discurso proferido na tarde desta quarta-feira (10), diretamente do Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC Paulista.
O momento marcou as primeiras declarações do petista desde que o ministro Edson Fachin, do STF, anulou as sentenças da Lava Jato contra ele, por julgar que a 13ª Vara Federal não tinha a devida competência para assumir os processos (saiba mais aqui). Ao comentar a decisão, Lula se colocou como a maior vítima política em séculos de história na América Latina.
"Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história. Eu sei que a minha mulher, a Marisa, morreu por conta da pressão, e o AVC se apressou", pontuou, lembrando também que foi impossibilitado de comparecer ao enterro de seu irmão quando ainda estava preso na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.
Além disso, o discurso de Lula exaltou os feitos de seu governo, em contraste com a situação vivida no Brasil atualmente, e foi permeado por críticas ao governo Jair Bolsonaro (sem partido), especialmente no combate à pandemia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário