Foto: Reprodução
Cidades
do interior baiano devem receber ao menos R$ 452 milhões para
construção e administração de shoppings até 2016. O montante tem destino
previsto para Feira de Santana, Juazeiro, Alagoinhas, entre outras
cidades. Clique aqui e leia esta e outras notícias na Coluna Municípios.

Foto: Divulgação / Petrobras
Os
consórcios Novo Cenpes (liderado pela OAS e integrado pelas
construtoras Schahin, Construbase, Carioca Christiani-Nielsen e
Construcap) e Citi (Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Mendes Júnior),
além da UTC Engenharia, teriam pago uma propina de pelo menos R$ 36,6
milhões no projeto de duplicação do Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes), na Ilha do Fundão (RJ). Orçado em R$ 1 bilhão em 2004, o
projeto acabou custando R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 1,83 bilhão
corresponde a pagamentos feitos a empreiteiras investigadas na Operação
Lava-Jato. De acordo com Renato Barusco Filho que assinou acordo de
delação premiada, a propina ficou dividida da seguinte forma: 1% ficou
para diretores e funcionários da Petrobras, sob a rubrica “Casa”, e 1%
foi destinado a “Part” — ou partido. Na diretoria de Serviços, comandada
por Duque, o partido era o PT. De acordo com O Globo, a escalada de
preços foi embalada por aditivos - juntos, os três principais contratos
tiveram 55 aditivos. De acordo com a publicação, Barusco e Duque
analisaram e deram aval à maioria dos aumentos de preços pedidos pelas
empreiteiras e tiveram a chancela da diretoria executiva da estatal. O
contrato do Consórcio Novo Cenpes teve o valor mais alto. Fechado por R$
849,9 milhões, recebeu 17 aditivos e alcançou R$ 1.023.570.295,40.
Segundo Barusco, o empresário Mário Goes foi o responsável, sozinho, por
operar a distribuição da propina, de cerca de R$ 20 milhões. De acordo
com depoimento de outro delator, o ex-diretor de Abastecimento Paulo
Roberto Costa, o Cenpes, tocado integralmente por Duque, foi a principal
obra da OAS para a Petrobras. Dono do segundo maior contrato, o
Consórcio Citi iniciou sua parte nas obras cobrando R$ 452,9 milhões,
17,83% acima do esperado pela estatal. No término dos serviços, o preço
havia alcançado R$ 489.3 milhões. Segundo Barusco, também neste caso a
propina de 2% foi distribuída e a tarefa coube a Goes e a Ildefonso
Colares, presidente da Queiroz Galvão. A UTC, acusada de usar sua sede
como quartel-general do cartel, angariou o projeto executivo, a
construção e a montagem da Central de Utilidades e do Centro Integrado
de Processamento de Dados do Cenpes. A empresa fechou contrato por R$
178,15 milhões, mas acabou recebendo R$ 318,069 milhões — 78,5% a mais. A
entrega da propina, de acordo com Barusco, coube a Goes e ao presidente
da UTC, Ricardo Pessoa.
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