por Karla Spotorno | Estadão Conteúdo
Foto: Lula Marques/Agência PT
A movimentação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), sobre a discussão do impeachment não levará à condenação da
presidente Dilma Rousseff, na avaliação do ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo. "Estamos a anos-luz de uma possibilidade de condenação
da presidente e de uma proposta juridicamente aceitável. (O impeachment)
é impossível de acontecer em um estado democrático", afirmou em
entrevista em programa da RedeTV no fim da noite de sexta-feira
(17). Cardozo defendeu Dilma, afirmando que o Brasil "não está
acostumado a ser comandado por mulheres" e que ela sofre com
"preconceito e má informação de uma mulher que comanda com firmeza". O
ministro disse também que a presidente "nunca passaria nem perto de
qualquer ato de improbidade". No programa, o ministro voltou a rebater
as críticas sobre o encontro polêmico de Dilma com o presidente do STF,
Ricardo Lewandowski, na cidade do Porto, em Portugal, e sobre a Operação
Lava Jato, como fez na CPI da Petrobras nesta semana. Ele disse que os
vazamentos de informações à imprensa são criminosos e devem ser punidos,
porque as investigações têm de transcorrer em sigilo. Cardozo defendeu a
atuação da Polícia Federal, afirmou que o órgão nunca teve tanta
autonomia e pessoas com independência. Conforme o ministro, se for
constatado abuso na apreensão de veículos do ex-presidente Fernando
Collor, investigado na Lava Jato, haverá investigação.
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