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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Ex-diretor diz à PF que foi incriminado por contrariar interesses no ministério

 Quarta, 04 de Agosto de 2021 

Ex-diretor diz à PF que foi incriminado por contrariar interesses no ministério
Foto: Pedro França/Agência Senado

O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, afirmou à Polícia Federal suspeitar que foi incriminado por contrariar os interesses de outros agentes no Ministério da Saúde. O nome de Dias apareceu no escândalo de suspeita de pagamento de propina na compra da vacina Covaxin.

 

Segundo publicação do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, que obteve acesso ao depoimento, Dias também detalha os procedimentos técnicos que levaram à celebração do contrato para compra do imunizante.

 

Sem citar nomes, Dias deu a entender que um dos envolvidos no suposto esquema que ele teria contrariado seria o deputado federal Luís Miranda, do DEM, que citou Dias durante seu depoimento na CPI da Covid como um dos reponsáveis por pressionar funcionários do ministério a aceleraram a compra da Covaxin.

 

“Fui tragado para dentro desse processo diante de uma acusação sem pé nem cabeça, de uma suposta pressão vinda de um deputado, que também não sei qual relação tem com isso. Me faz sentir, me faz gerar um sentimento de que eu atrapalhei alguma coisa e que agora estaria sendo vítima de uma possível retaliação. Não sei se é isso, as investigações vão esclarecer, mas soa muito estranho que 90 ou 100 dias depois, acusações tão vazias e sem materialidade sejam colocadas num palco político, numa seara política, onde você tem pouco poder de voz”, afirmou Dias.

 

Perguntado especificamente, pelo delegado da PF, se ele sentia vítima de uma vingança, Dias disse "É o que parece". Ele, então, dá a entender que o irmão do deputado Luís Miranda, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Miranda, inventou acusações contra ele.

 

“Quando ele fala que não assinou uma invoice (nota fiscal ou fatura), isso não existe. Você pede para abrir licença de importação, a tarefa dele é conferir se o que está sendo faturado está de acordo com o contrato”, afirmou Dias.

 

“Esse suposto acinte, a afronta, que veio errado. O trabalho é esse, de conferir. [Se algo estiver errado], por favor, retorne. Eu não consigo ver essa magnitude na questão da invoice".

 

No depoimento, Dias também relatou que o processo de importação da Covaxin surgiu por meio de um despacho enviado pelo então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco. O documento ordenava que fosse lavrado em caráter de urgência, o ato contratual com o laboratório indiano, no valor de US$ 300 milhões.

 

Segundo ele, o documento dizia que a pesquisa de preço caberia à área técnica envolvida, o Departamento de Imunizantes. Disse, ainda, que o contrato deveria ser enviado para a Consultoria Jurídica.

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