Governador e outros dois parlamentares foram acusados | Foto:Bahia Notícias
Os deputados do Conselho de Ética decidiram nesta terça-feira (2), por
unanimidade, arquivar os pedidos de investigação sobre o envolvimento
dos petistas Rui Costa, Afonso Florence e Nelson Pelegrino no suposto
desvio de R$ 17,9 milhões do Fundo de Combate à Pobreza, desde 2004. Os
recursos eram destinados à construção de mais de 1,1 mil casas populares
para famílias de baixa renda. De acordo com a Agência Brasil, nos
pareceres dos três relatores, foi indicada a falta de provas como
justificativa para não levar adiante o processo de cassação dos
mandatos. As representações foram apresentadas pelo PSDB e DEM, baseadas
em denúncia publicada em setembro pela revista Veja. De acordo com a
reportagem, o desvio ocorreu com a participação da Organização Não
Governamental (ONG) Instituto Brasil e a presidente da organização,
Dalva Sele Paiva, autora das denúncias. Para o relator do caso de
Pelegrino, Wladimir Costa (SD-PA), o pedido de abertura de processo foi
baseado apenas na reportagem e nas declarações de Dalva. Segundo ele, as
denúncias não incluíram qualquer cópia de documento, transcrição de
gravações telefônicas, fotos, filmagens, extratos bancários ou qualquer
outro elemento que comprovasse o envolvimento dos parlamentares. Segundo
o deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), relator do processo contra Florence,
Dalva “não tem currículo, ela tem ficha criminal extensa”. Lopes lembrou
que a denunciante tinha dívidas antes da denúncia que foram pagas logo
depois da veiculação da reportagem e destacou que a presidente da ONG
foi para o exterior com a família na mesma época e não retornou para
confirmar as acusações feitas aos três deputados. O deputado Ronaldo
Benedet (PMDB-SC), que analisou o caso de Costa, complementou a linha
dos outros relatores, destacando que as representações têm “falhas
graves e ressaltou que a ONG envolvida encerrou as atividades em 2010".
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